Novela Kubanacan
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Kubanacan is a Brazilian telenovela produced and broadcast by Rede Globo. It premiered on 5 May 2003, replacing O Beijo do Vampiro, and ended on 24 January 2004, replaced by Da Cor do Pecado. The telenovela is written by Carlos Lombardi, with the collaboration of Emanoel Jacobina, Margareth Boury, Tiago Santiago, and Vinícius Vianna.[1]
Kubanacan é uma telenovela brasileira produzida pela TV Globo e exibida originalmente de 5 de maio de 2003 a 24 de janeiro de 2004, em 227 capítulos, com o último capítulo reexibido no dia subsequente, 25 de janeiro.[2] Substituiu O Beijo do Vampiro e foi substituída por Da Cor do Pecado, sendo a 65ª "novela das sete" exibida pela emissora.
Carlos Lombardi inspirou-se na telenovela Que Rei Sou Eu?, de Cassiano Gabus Mendes, ao também utilizar a sátira política como crítica aos problemas sociais enfrentados no Brasil naquele momento, como a pobreza excessiva, a situação precária da saúde e a falta de escolas.[3] O personagem de Marcos Pasquim teve o perfil inspirado no protagonista do filme A Identidade Bourne, de 2002, que percorria a história de um homem viril e sem memória, que era perseguido sem entender o motivo.[3] Já o nome do personagem foi uma homenagem ao ilustrador espanhol de histórias em quadrinhos Esteban Maroto.[4]
Por conta das cenas de violência e forte apelo sexual, a novela foi reclassificada pelo Ministério da Justiça como impróprias para o horário das 19h, fazendo com que a emissora precisasse atenuar as cenas para que a trama permanecesse no horário, embora a classificação tivesse sido fixada como "não recomendada para menores de 12 anos".[8] Devido ao sucesso com o público masculino pelo perfil sensual de Marisol, Danielle Winits estrelou a edição de outubro da revista Playboy.[9]
Originalmente Helena Ranaldi foi convidada para interpretar Rubi, porém a atriz decidiu aceitar o convite de Manoel Carlos para interpretar Raquel em Mulheres Apaixonadas, uma vez que o autor revelou que havia escrito a personagem especialmente para ela.[10] Carolina Ferraz foi convocada em seu lugar, sendo a primeira vez em que a atriz não encarnou uma personagem feminina ou sensual, uma vez que Rubi se vestia igual um homem pela ausência de vaidade.[11] Letícia Sabatella foi convidada para interpretar Lola, porém a atriz recusou por não querer um papel cômico, sendo que a personagem passou para Adriana Esteves.[12] A atriz afirmou que ela esperou a oportunidade para trabalhar com Carlos Lombardi por anos, vendo como uma forma de retribuir o convite feito em 1993 para interpretar Babalu na telenovela Quatro por Quatro, o qual acabou não se realizando quando ela foi escalada para Renascer.[13]
Vanessa Gerbelli entrou na novela em 1 de janeiro de 2004 para interpretar uma personagem de grande importância, uma líder revolucionária antiditadura em busca de tomar o poder do país.[14] Marcos Breda interpretou dois personagens distintos, em dois momentos diferentes da trama, o que só havia acontecido antes uma vez, em 1996 com Matheus Carrieri em Vira Lata.
Em junho de 2003 Humberto Martins sinalizou para a direção que estava insatisfeito com o pouco espaço que seu personagem tinha na história, chegando faltar em gravações e ameaçar deixar a trama.[15] Humberto estava incomodado pelo fato de ter co-protagonizado os dois trabalhos anteriores do autor, Uga Uga e O Quinto dos Infernos, sentindo-se desprestigiado por não ter investimentos em seu personagem em Kubanacan.[16] Em julho o ator pediu afastamento, alegando que precisava de tempo para cuidar de assuntos pessoais.[17] Humberto retornaria apenas quatro meses depois, em novembro, apenas quando o autor passou a investir mais na história do personagem, que ganhou espaço.[17] Com a ausência de Humberto, Marco Ricca entrou na trama para interpretar o irmão de Carlos, Celso Camacho, que comandava o país temporariamente enquanto o irmão fazia um tratamento de saúde internacional.[18] Planejava-se que Marco continuasse na novela após o retorno de Humberto, porém o ator preferiu deixa-la.[18]
A primeira trilha sonora da telenovela foi lançada em 20 de maio de 2003 pela Som Livre compilando metade de canções em português, espanhol e inglês. Danielle Winits ilustrou a capa do álbum.[23]
A segunda trilha sonora da telenovela foi lançada em 19 de novembro de 2003 pela Som Livre, trazendo apenas canções em espanhol e inglês. Marcos Pasquim ilustrou a capa do álbum Internacional.[24]
O primeiro capítulo, exibido em 5 de maio de 2003, marcou 40 pontos com picos de 49, com share de 54%, índices superiores aos da sua antecessora, O Beijo do Vampiro.[25] A menor audiência foi de 24 pontos, em 31 de dezembro. O último capítulo marcou 40 pontos, com picos de 44.[26] Kubanakan teve uma média geral de 34,5 pontos, a quarta maior audiência de "novelas das 19h" na década de 2000.[27]
Kubanacan es una telenovela brasileña producida y emitida por Rede Globo desde el 5 de mayo de 2003 hasta el 24 de enero de 2004 con un total de 227 capítulos. Sustituyó O Beijo do Vampiro y fue sustituida por Da Cor do Pecado en el horario de las 19 horas.
Kubanacan (2003), novela das sete que estreou há exatos 17 anos na Globo, fez história. Mas pouca gente se lembra de fato de sua história, absurdamente mirabolante, com direito a guerra, viagem no tempo e mocinho com múltiplas personalidades. Bizarra, a novela ainda assim conquistou telespectadores com comédia, ação e romances e fez de Marcos Pasquim o eterno "pescador parrudo".
Parece confuso? Para o público e para os próprios atores também parecia. A novela foi considerada imperdível porque, se o telespectador perdesse um capítulo, já corria o risco de não entender mais nada.
O ator deixou a novela no meio, alegando que precisava resolver problemas pessoais. Mas, na verdade, o que aconteceu foi uma guerra de egos entre ele e Pasquim. Martins se sentiu melindrado por não ter o destaque que gostaria e pediu para sair. Ele ficou três meses afastado de Kubanacan, mas retornou ao trabalho.
Era complicado também acompanhar os rumos dos pares românticos da novela. Esteban começou a trama se apaixonando por Marisol (Danielle Winits), com quem ficou casado durante sete anos. Ela o deixou para ficar com General Camacho, e o protagonista então foi para a cidade grande com um filho para criar.
Kubanacan foi criticada por ser muito sexualizada para uma novela das sete --além das cenas de romance e do peitoral desnudo de Pasquim, as mulheres também apareciam com profundos decotes. Houve também uma notificação do Ministério da Justiça por uma cena de muita violência, em que Esteban espancava um homem na frente de uma criança, com sangue espirrando para todo lado.
"Várias pessoas entendiam, e algumas não. Eu nunca pretendi que Kubanacan fosse uma 'novela ônibus' (que pega da vovó ao neném). Fiz uma novela para jovens com um fundo de ficção científica. Realmente pensei: nessa vou experimentar! Sei que provoquei um monte de discussões. Há quem reclame muito, há quem tenha amado. Posso dizer que fiz um baita de um barulho. Era definitivamente o que eu mais queria", comentou, em depoimento ao livro Autores, Histórias da Teledramaturgia.
Em 2003, a história peculiar de Esteban (Marcos Pasquim), Marisol (Danielle Winits), Lola (Adriana Esteves), Camacho (Humberto Martins), entre outros tantos personagens icônicos, fez sucesso em "Kubanacan". Mas além do elenco de estrelas, a pequena ilha caribenha também trouxe um time de crianças muito fofas. Relembre os atores-mirins da novela e veja como eles estão hoje em dia.
As novelas brasileiras sofrem de uma má fama de exagerarem no drama e no absurdo, mas a verdade é que nenhuma delas chega aos pés de Kubacanan nesses quesitos. Com uma história que contava com um protagonista com múltipla personalidade, viagens no tempo e ditadores caribenhos, a novela da Globo exibida em 2003 era esquisita demais comparada aos clássicos de época ou as epopéias urbanas com que o público global estava acostumado.
Anos depois, Kubanacan se tornou cult. Fãs ressuscitaram os capítulos da novela no YouTube e várias listas do Buzzfeed foram dedicadas aos personagens de Marcos Pasquim (o protagonista Esteban), Adriana Esteves (o seu par romântico Lola), Danielle Winits (o outro par romântico Marisol) e Marcos Pasquim de novo (em todas as outras versões de Esteban).
"Kubanacan é o nosso Lost", disse Arthur "Tuba" Zeferino, fã latente de Kubanacan e criador do game Fish, um jogo de tiro inspirado na novela das sete. Arthur é desenvolvedor há anos e contou que a ideia nasceu de frustrações anteriores. "Já tentei fazer um monte de jogo e nenhum foi pra frente", explicou, "então resolvi fazer um que realmente queria fazer, sem ficar pensando se vai fazer dinheiro ou não".
Arthur confessou que a última novela que acompanhou na TV foi O Clone, de 2001, então teve que rever Kubanacan no YouTube para pegar as referências, mas garante que o seu jogo não copia a novela, apenas presta homenagem a ela. "Não é uma adaptação. Não é um jogo de Kubanacan", disse. "Na verdade, tem vários Easter Eggs, nomes de personagens e tal. Talvez, as influências puxem até mais de One Piece do que Kubacanan."
Além do Pescador, outras personagens também são inspiradas na novela. "Tem uma personagem que se chama Lola, que não tem nada a ver com [a personagem interpretada pela Adriana Esteves], mas tem esse nome. Ela é a chefe da resistência da ilha que tá lutando contra os piratas e ela te dá instruções." Já a Marisol da novela, interpretada por Danielle Winits, é representada por uma cientista de mesmo nome que se alia aos vilões do jogo.
O criador faz questão de reforçar as referências brasileiras de Fish, porque sente que tanto o público quanto outros desenvolvedores não sabem aproveitar direito a cultura local. "A gente deveria se inspirar em mais coisas brasileiras, não só nas novelas, mas nos filmes também, tem muito filme bom, e também na música. O samba-rock é uma coisa só nossa e você não vê sendo usado nos games. O samba também não", completou Arthur. "Tem muita coisa boa aqui para ser usada e o pessoal tá bobeando." 2b1af7f3a8